quarta-feira, abril 26, 2006

 
Cheguei à casa como tinha chegado na noite anterior, exactamente pelo mesmo caminho empedrado que cercava os restantes imóveis , com aqueles tubos de ferro que impedem os carros de montar por cima de tudo. Os vizinhos da rua costumavam parar nessa zona comum, onde passeavam os cães, e fumavam também os seus cigarros, períodos de evasão colectiva e silenciosa a partir da meia-noite quando se encontravam todos no seu caminho batido, trilhando urina e fezes caninas pelo chão.
Tudo isto me dava vontade de fumar, fumar, fumar, fumar como um louco, de abrir um dos cinco cartuchos que tinha trazido comigo, tirar um maço imaculado, remover o seu plástico como se de minha noiva se tratasse, de prender o cigarro entre os meus dedos, deixando esse azar correr por entre dois quaisquer.

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